Aqui é o ponto de maior aplicação prática de todo o
material. É onde transformamos conhecimento em habilidade. É onde respondemos à
pergunta: o que eu posso fazer para expandir minha inteligência, a minha capacidade
de escolher e obter resultados?
O caminho de uma maior inteligência é o aprendizado, visto
como a incorporação de novas estratégias e conhecimentos para definir e atingir
objetivos. Abaixo registramos várias possibilidades para isso.
Reorganizar estratégias
Talvez a forma mais simples de obter melhores resultados
seja simplesmente reorganizar os recursos disponíveis, tendo em vista os
resultados que se deseja obter. Para isto, é suficiente perceber os feedbacks,
ou seja, os resultados obtidos com a estratégia atual e verificar se são o que
se quer. Se não forem, fazer algo diferente, continuando o ciclo até que os
resultados sejam atingidos.
Em alguns casos, será necessário segmentar um objetivo em
objetivos intermediários, até um nível em que cada passo pode ser executado
pela pessoa. Um exemplo simples: tente soletrar uma palavra qualquer de trás
para a frente. Se não conseguir, segmente a palavra em sílabas e soletre para
trás cada sílaba em separado.
Aprender uma nova estratégia
Se não conseguimos algo que queremos, é porque não temos
uma estratégia ou estamos aplicando uma estratégia não apropriada. Na verdade,
não paramos de aprender nunca. A possibilidade que se abre é aprender mais e
melhor, em função de um melhor conhecimento dos processos de aprendizagem.
A primeira forma de aprender uma nova estratégia é
desenvolvendo uma. Tendo em vista o objetivo, concebe-se etapas e objetivos.
Outra forma é modelar a estratégia de alguém ou instalar a estratégia que
alguém modelou, como vimos.
Ao invés de uma estratégia completa, podemos incorporar
uma estratégia interna adicional, que
pode ser usada por si só ou como etapa de uma estratégia mais ampla. Por
exemplo, a capacidade de observar uma situação ou problema por vários pontos de
vista ou posições perceptivas.
Outra possibilidade nessa linha é aprender a fazer
internamente algo para o qual dependemos de apoio externo. Por exemplo, a
famosa lista de coisas a fazer em papel pode ser substituída por uma estratégia
de memorização.
Veja adiante várias sugestões de estratégias.
Aplicar uma estratégia existente em outro contexto
Pode acontecer que você seja hábil em alguma coisa e que
não tenha percebido que pode aplicar essa habilidade em situações diferentes.
Se você é capaz de se identificar com alguém ou já se viu imitando outra pessoa
(como fingir que está tocando um instrumento ao ouvir uma música), você já tem
instalada a estratégia de adotar uma posição perceptiva, e só precisa incluir
essa capacidade em outros contextos.
Você pode ser muito bom em planejar festas, mas não usar
essa habilidade nos estudos. Um bom planejamento exige por exemplo previsão do
cenário e segmentação em objetivos intermediários.
Outras possibilidades
Muitas outras alternativas há para se expandir uma
inteligência. Tendo em vista os objetivos deste trabalho, vamos apenas
mencionar mais algumas (lembrando que qualquer alteração deve estar vinculada a
um objetivo):
·
Buscar estratégia mais apropriada para o
resultado desejado
·
Aperfeiçoar os objetivos e meta-objetivos de uma
estratégia
·
Introduzir em uma estratégia uma etapa de busca
por recursos disponíveis (internos e externos)
·
Introduzir etapas ou pontos de decisão em uma
estratégia
·
Introduzir elaboração de alternativas e
estratégia de decisão apropriada
·
Harmonizar objetivos conflitantes
·
Eliminar uma etapa de uma estratégia
·
Alterar formatação de uma imagem ou som de uma
etapa
·
Alterar seqüência das etapas de uma estratégia
2. Instalação de estratégias
Aprender, em última análise, é instalar novas opções de
comportamentos externos e internos, organizados em estratégias que sirvam para
atingir objetivos. Uma vez que saibamos o que queremos, o próximo passo para
aprender é instalar as mudanças de forma que possam ser usadas produtivamente.
A forma aparentemente mais comum de aprendizado de estratégias
é a tentativa-e-feedback (nome melhor
para tentativa-e-erro): concebemos alguma ação, agimos, observamos os
resultados e ajustamos o que for preciso, repetindo isto até ter sucesso. A
instalação pode ocorrer inconscientemente (já
nascemos processando feedback).
Ocorre que na maioria das vezes, o que precisamos saber
nos é passado na forma de conhecimento, em linguagem comum e figuras. Para
conseguirmos aplicar esse conhecimento, precisamos convertê-lo em habilidade,
em processo. Há formas variadas de se fazer isto; o que elas têm em comum é que
no fim das contas devemos ser capazes de elaborar comportamentos que possamos
executar. Se alguém lê um livro sobre inteligência emocional, só vai obter
resultados se souber converter o que leu em comportamentos aplicados a
objetivos.
Veremos a seguir algumas estratégias de instalação e
reorganização de estratégias (ou seja, meta-estratégias).
Ensaio mental
O ensaio mental consiste em usar a imaginação para
conceber comportamentos, principalmente no canal visual. É como se programar
para agir de uma determinada maneira, com a vantagem de que na mente podemos
controlar o processo, reduzir ou aumentar o ritmo do tempo e nos anteciparmos a
possíveis imprevistos. Na verdade, todo mundo faz ensaio mental, o ponto aqui é
explorar mais o potencial dessa capacidade. Você vai encontrar outros nomes
para essa capacidade, como "imagística orientada" (de Daniel Goleman,
da Inteligência Emocional), "visualização", "visualização criativa",
"mentalização" e possivelmente outros). Antes de ler mais palavras,
faça a atividade abaixo.
Atividade 41 – Os pés podem ir além
Providencie giz ou algo que sirva para marcação no
chão (até uma linha divisória no piso serve). Mantenha seus pés juntos e alinhados.
Gire um dos pés sobre o calcanhar até seu limite e faça uma marcação do ângulo
atingido.
Retorne o pé à posição inicial. Agora, feche os olhos
e mentalize o mesmo movimento de giro, só que indo muito além do que fora. Não
há limites para a imaginação, portanto, permita que o pé vá muito além do que
lhe parece possível.
Abra os olhos e mova o pé como no início. Compare o
ângulo obtido desta vez com a marca anterior. Descreva abaixo o que observou.
O ensaio mental pode até ser tão ou mais eficaz que treinamento
físico, já que pode ser mais flexível: a pessoa tem controle total sobre
velocidade, tempo e qualquer variável que conseguir. Porém, o ensaio mental não
substitui a destreza motora mínima. Embora um pianista possa aprender a tocar
uma música através do ensaio mental, ele deve estar adequadamente treinado para
conseguir comandar o corpo para fazer o que concebeu, ou seja, as
representações de comportamento sincronizadas com o sistema motor.
O ensaio mental tem também as vantagens de permite testar
alternativas, antecipar possíveis problemas e avançar sobre limites, dentro das
limitações das estratégias pessoais. Quanto mais as relações de causa e efeito
internas estiverem conectadas às do mundo concreto, melhores serão os
resultados.
Uma aplicação muito útil do ensaio mental é efetuar testes
das intervenções feitas. Como o ser humano é complexo e tem a capacidade de
escolher, não há como falar em causa e efeitos 100% previsíveis, é mais
apropriado falar em ação e resultado provável. Havendo probabilidades, é
preciso verificar se o resultado desejado foi atingido. Por isto, jamais deixe de testar, e caso o resultado não esteja
satisfatório, faça os ajustes necessários na estratégia e volte à ação.
“Quando eu examino a mim mesmo e os meus métodos de pensamento, chego à
conclusão de que o dom da fantasia significou mais para mim do que meu talento
para absorver conhecimentos” (Albert Einstein)
Qual é o limite das aplicações do ensaio mental? Sobre
isto, veja a história de Nikola Tesla na atividade abaixo.
Atividade 42 – Leitura: Nikola Tesla
Talvez você não saiba que o nosso sistema de energia
elétrica, baseado em corrente alternada, foi possível devido a Nikola Tesla
(1856-1943), que descobriu o campo magnético giratório. Suas mais de 700
invenções incluem desenvolvimentos básicos para o motor eletromagnético, o
motor a turbina, transmissão sem fio e dispositivos de controle remoto. A
primeira usina hidrelétrica, nas Cataratas do Niágara, foi um projeto seu, que
venceu o de Thomas Edison, baseado em corrente contínua. Tudo isto foi possível
devido a uma fenomenal capacidade de usar a imaginação de uma forma produtiva.
Mas na adolescência,
Tesla sofria com o aparecimento de imagens e flashes de luz, que interferiam no
seu pensamento e na sua ação. Como ele próprio contou, quando ouvia uma
palavra, a imagem do objeto correspondente se apresentava vividamente, e ele
era incapaz de distinguir se o que vira era tangível ou não. Em razão disto,
ele se sentia ansioso e desconfortável.
Para se livrar dessas atormentadoras aparições, ele
tentava concentrar sua mente em alguma outra coisa que tinha visto, e assim
obtinha alívio temporário. Mas para isto, ele tinha que produzir continuamente
novas imagens. Como ele conhecia apenas sua casa e as redondezas, logo seu
"estoque" de novas imagens se exauriu, e o remédio perdeu a força.
Instintivamente, Tesla começou a fazer incursões além
dos limites do seu pequeno mundo virtual, e viu novas cenas, a princípio
obscuras e indistintas, que passavam rapidamente quando ele tentava concentrar
sua atenção nelas. Gradativamente ele teve sucesso em fixar as imagens, que
ganharam força e definição, até parecerem tão concretas quanto coisas reais. E
logo descobriu que se sentia mais confortável quando simplesmente continuava
aprofundando a visão, obtendo novas impressões todo o tempo, literalmente
viajando na sua mente. Nessa jornada ele via novos lugares, cidades e países –
vivia lá, conhecia pessoas e fazia amigos e conhecidos, que lhe eram tão caros
quanto os da vida real.
Logo Tesla notou que tinha também grande facilidade
em conectar causa e efeito, e também que cada pensamento seu era sugerido por
uma impressão externa. Esta habilidade de ligar seus processos mentais e seus
mapas internos à realidade física, combinada com sua prática em imagens
construídas, conduziu-o, na vida adulta, ao sucesso como inventor. Ele não
precisava fazer experimentos: concebia, aperfeiçoava e testava suas invenções
usando somente a imaginação.
Até hoje suas anotações são estudadas, e se vivesse
agora, ainda assim suas idéias estariam à frente do seu tempo.
(Fonte: http://possibilidades.cjb.net)
Atividade 43 – Ginástica mental
Aplique o princípio da atividade anterior nas
situações abaixo. Em todos os casos, faça o movimento físico, depois
mentalmente, exagerando e desafiando o possível, e novamente o físico,
observando as diferenças.
a)
Em pé, com as pernas esticadas e pés separados
por uns vinte centímetros, dobre o corpo na cintura, mantendo a coluna o mais
reta possível, e tente alcançar o chão com as mãos.
b)
Em pé, um braço estirado na horizontal, gire a
mão deste braço para cima, com o apoio da outra mão. Faça o mesmo com a outra
mão.
c)
Estire horizontalmente um braço, a mão aberta.
Gire o pulso um pouquinho para um lado e para o outro, repetidamente,
inicialmente devagar. Vá aumentando a velocidade até o máximo que conseguir.
Sugestão: ao mentalizar o movimento, e para dar inspiração, imagine perto da mão
um beija-flor (ou seu pássaro preferido) em vôo.
d)
Agora escolha um movimento corporal que lhe
pareça adequado para o exercício e faça o mesmo. Descreva o movimento:
Atividade 44 – Aplicação de ensaio mental para
memorização
a)
Leia o texto abaixo.
"Às vezes
tenho dificuldade em memorizar temporariamente algumas pequenas coisas, como
endereços e recados. Achei uma solução eficaz para isso, uma alternativa ao
papel: ao invés de tentar memorizar, imagino o que vai acontecer. Por exemplo,
se atendo ao telefone e devo informar para Maria o nome da pessoa que ligou e o
seu ramal, o que vai acontecer é eu dizendo para Maria: "Maria, José pediu
para você ligar pra ele, o ramal é o 1763". Imagino exatamente isto.
Isto funcionou
também para endereços, no caso uma quadra, um conjunto e um número de casa,
típico de Brasília. Imaginei-me dirigindo e virando ao ver a placa da quadra,
virando na entrada do conjunto e localizando a casa. No caso de um local que
não conhecia, imaginei vários tipos possíveis de placas, tendo em comum o
número em questão. Acredito que em Brasília essa aplicação seja mais fácil
devido aos padrões dos endereços e à boa sinalização, mas acho que pode ser
útil também em outras cidades.
Houve ainda outros
tipos de situação. Para lembrar de comprar algo depois do expediente, Imaginei
que estava entrando na padaria, por exemplo, e pegando cada item. Para lembrar
uma senha de telefone, imaginei-me discando a dita cuja. Se funcionar ou não
para você essa estratégia, escreva para nós e compartilhe as suas
Possibilidades."
(Fonte: http://possibilidades.cjb.net)
b)
Experimente cada possibilidade descrita.
Atividade 45 – Explorando possibilidades
Experimente um pouco: imagine à sua frente você
mesmo, no ambiente em que está. Ou seja, você está vendo uma imagem dissociada
de si mesmo no momento atual.
Imagine que no você do filme chegam todo tipo de
luzes. Varie cores e formas, dê bastante brilho, faça luzes entrarem no corpo
pela cabeça e saírem pelo pé em um fluxo contínuo e mais o que lhe vier à
mente.
"Traga" a imagem para si, isto é,
associe-se.
Experimente outras variações, como alguém que admira
transmitindo as luzes, sua música mais empolgante tocando ao fundo, você numa
fisiologia de "poder".
Atividade 46 – Projeção de futuro
Um caso particular do ensaio mental é quando
ensaiamos comportamentos futuros. Isto é chamado na PNL de "projeção de
futuro". Ensaie mentalmente os seguintes comportamentos, de forma
dissociada (vendo um filme) e depois associada (entre no filme ou
"traga-o" para si).
a)
Pentear o cabelo com a mão contrária à usada
habitualmente.
b)
Passar páginas de um livro com a outra mão.
c)
Escrever com a outra mão.
d)
Vestir uma calça pondo primeiro a perna que
(provavelmente) nunca fez isto. Faça o mesmo para uma camisa de abotoar.
e)
Tomar um banho esfregando com a outra mão.
f)
Descreva
um (e faça): ______________________________________________
Atividade 47 – Ensaiando um procedimento
Combine o ensaio mental com a técnica para a
ansiedade acima. Imagine-se em uma situação em que pode ficar com alguma
ansiedade (leve). Ensaie a técnica 3 vezes.
Metáforas
Nossa linguagem tem várias evidências da nossa capacidade
de fazer paralelos e analogias entre situações distintas. Por exemplo, suponha
que me acho "feio". Lendo a história do Patinho Feio, posso começar a
pensar que sou feio para algumas pessoas e não para outras, e até, dependendo
do meu conhecimento, mudar o significado da palavra feio, de condição ou
atributo de um ser para uma relação entre um observador e um observado. Lendo a
metáfora do caldeireiro abaixo, posso mudar meus critérios de avaliação dos
meus serviços, e achar que ao invés de estar cobrando caro estou é cobrando
barato.
Atividade 48 – Metáfora: O Caldeireiro
Um
caldeireiro foi contratado para consertar um enorme sistema de caldeiras de um
navio a vapor que não estava funcionando bem. Após escutar a descrição feita
pelo engenheiro quanto aos problemas, e de haver feito umas poucas perguntas,
dirigiu-se à sala de máquinas. Olhou para o labirinto de tubos retorcidos,
escutou o ruído surdo das caldeiras e o silvo do vapor que escapava, durante
alguns instantes; com as mãos apalpou alguns dos tubos. Depois, cantarolando
suavemente só para si, procurou em seu avental alguma coisa e tirou de lá um
pequeno martelo, com o qual bateu apenas uma vez numa válvula vermelha
brilhante. Imediatamente, o sistema inteiro começou a trabalhar com perfeição e
o caldeireiro voltou para casa.
Quando o dono do
navio recebeu uma conta de $1000, queixou-se de que o caldeireiro só havia
ficado na sala de máquinas durante quinze minutos e pediu uma conta
pormenorizada. Eis o que o caldeireiro lhe enviou:
Total da conta.....................: $1000,00,
assim discriminados:
Conserto com o martelo.....: $
0,50
Saber onde martelar...........: $
999,50
(Richard
Bandler e John Grinder, em "Sapos em Príncipes", Summus)
Atividade 49 – Analogias da vida 1
Descubra semelhanças e pontos de contato entre a vida
e dirigir automóveis. Por exemplo, "a vida é como dirigir, se não se sabe
para onde se está indo, tanto faz para onde se vira".
Atividade 50 – Analogias da vida 2
Descreva como a vida pode ser comparada a um jogo.
Atividade 51 – Açúcar no fundo
Identifique um comportamento que pode ser derivado da
frase:
"Os recursos de uma pessoa são
como açúcar no fundo da xícara de café, para adoçar não é preciso por mais
açúcar e sim mexer"
Indução lingüística
A forma mais conhecida dessa técnica são as afirmações,
como "É possível! Sou capaz! Eu mereço!". Há variações mais modernas
que incluem outros canais de representação, como o visual e o cinestésico, que
podem induzir representações internas mais completas e portanto com maior
probabilidade de sucesso. Através da linguagem pode-se induzir estados e até
hipnotizar uma pessoa; essa disciplina é chamada Hipnose Ericksoniana, em
homenagem ao psiquiatra do qual foram modeladas as respectivas estratégias.
Essa forma de intervenção também já foi chamada de "meditação", como
a Meditação do Sonhador, de Robert Dilts (no livro Tools for Dreamers).
Atividade 52 – Indução do Apoio ao Aprendizado
Textos para ler, devagar e pausadamente, para poder fazer o
que é pedido e... aprender. Pode ser melhor ainda gravar uma fita ou pedir a
alguém para ler, com uma música suave ao fundo e voz macia, enquanto você
apenas relaxa e se deixa conduzir
"Para que seu corpo fique estável, como está agora, ele precisa de
apoios. Verifique os pontos de contato que o seu corpo tem agora... com a
cadeira... com o chão... Preste atenção nos pontos em que seus pés se apóiam...
nas sensações de contato... na firmeza... Conscientize-se das sensações de
apoio dos seus braços... e mãos...e costas... Perceba todos os pontos de apoio
que estão sustentando seu corpo... e solte-se neles... permitindo-se, por
alguns momentos, descansar... e relaxar...
Agora, coloque sua atenção nos apoios disponíveis para o seu
aprendizado. Uma sala... equipamentos... livros... materiais... perceba como
uma simples caneta pode lhe apoiar... Note o apoio que um instrutor pode
representar para o seu aprendizado... e mais ainda quando você solicitar...
Note também como dúvidas e perguntas são como lacunas... e cada lacuna é uma
ponte para um maior aprendizado... Perceba como todos os apoios, juntos... se
reforçam uns aos outros... para lhe conduzir aos seus objetivos.
Houve um tempo em que você não sabia andar... e agora sabe... Houve um
tempo em que você não sabia falar... e agora sabe... Essas e outras capacidades
lhe deram frutos... e lhe apoiaram no aprendizado de novas capacidades...e
estas em outras mais... assim como os aprendizados de agora vão lhe dar seus
frutos... e apoiar novos aprendizados...e novas capacidades...
E no futuro próximo... você vai poder se perceber... usando os apoios
que tem... uma simples caneta.. .uma
mesa... uma pessoa... colegas... livros... suas capacidades atuais...
todo, todos os recursos disponíveis... e ainda outros que você vai
descobrir... todos eles combinados, por você, em uma só direção... lhe
apoiar nos objetivos que escolheu...
Em um futuro um pouco mais distante... já colhendo os frutos que
semeou... na carreira que construiu... e continua construindo... e com vários
dos sonhos atuais já realizados... por alguns momentos, vai poder olhar o
passado... e reconhecer tudo que o apoiou... e que lhe tornou o que é... livros...
materiais... os professores... os colegas... as perguntas que fez...as
respostas que buscou... os limites que superou... os obstáculos que
venceu...e os apoios que você mesmo
representou para outras pessoas... E pode agora se sentir agradecido... e
satisfeito consigo mesmo... enquanto planta novas sementes...e se permite
sonhar outros sonhos...belos...
úteis... para você... e outras
pessoas...
Suavemente voltando... ao momento presente... com a atenção de volta ao
seu corpo... aos seus apoios de agora... Descanse em todos esses apoios... e
relaxe... enquanto percebe como flui, em todo o seu corpo... em todo o seu
ser... o seu maior apoio... a maravilhosa energia da vida!
(Fonte: http://possibilidades.cjb.net)
“Efeitos especiais” mentais
Uma forma de
instalação de mudanças é executar um procedimento passo a passo que faça o que
é preciso. A PNL desenvolveu-se em grande parte por meio da elaboração de
estratégias de mudanças focadas em objetivos específicos, como cura de fobia,
vencer timidez e medo de falar em público, estratégias para lidar com estados
limitantes, indução de estados e muitas outras. Ou seja, padrões de ação que na
maioria dos casos conduzem a certos resultados. Muitos desses padrões foram
concebidos a partir da modelagem de estratégias já usadas por muitas pessoas,
enquanto que outros foram simplesmente inventados. Veja um exemplo na atividade
abaixo.
Atividade 53 – Lidando com a ansiedade
33% das pessoas que vão ao médico
queixam-se de ansiedade. Outro tanto, em alguma época de suas vidas, também
sofre de alguma variedade desse problema. A ansiedade está relacionada à forma
como a pessoa imagina um ou mais eventos futuros. Por exemplo, alguém vai fazer
uma prova, imagina que não vai passar e se vê dizendo coisas terríveis para si
mesma e então sente pânico crescente. Há pessoas com medo de público que
imaginam, embora em geral não percebam, todas as pessoas na platéia rindo dela.
Você pode não acreditar, mas há pessoas com medo de aranhas que imaginam uma
imensa aranha indo na direção dela, e é com isso que ficam ansiosas. Em alguns
casos, ocorre uma realimentação. Por exemplo, a pessoa ansiosa com uma aranha
percebe seu coração disparado e faz especulações sobre um
ataque do coração, o que aumenta a sensação de pânico. Esse tipo de
realimentação pode ser a causa de ataques de pânico, contrapondo-se à ansiedade
de longa duração.
Na verdade, a ansiedade é uma
distorção de um processo vital para nós. Para guiar nossas ações, fazemos
suposições sobre o que vai acontecer e os recursos que temos para lidar com os
eventos futuros que antecipamos. Esse processo tem potencial para gerar
esperança ou medo, alegria ou dor. Para conseguir ficar ansiosa, uma pessoa tem
que aumentar a significação de um perigo, ignorar seus recursos ou "encurtar" o horizonte de tempo
necessário para lidar com a situação e outras distorções.
Ter consciência do próprio
imaginário pode por si só eliminar ansiedades. Uma outra solução-minuto é fazer
o seguinte:
"Relaxe os ombros e respire normalmente. Para estabelecer
referências do momento presente, olhe em volta, escute alguns sons e preste
atenção em algumas sensações do seu corpo. Agora feche os olhos e pense em um
evento sobre o qual você está ansioso ou com medo. Saia do momento presente e
mentalmente se desloque para o futuro – um minuto após a conclusão do evento
sobre o qual você está ansioso (garanta que o evento terminou de maneira
satisfatória para você). Agora vire-se e olhe à frente. Abra os olhos."
Após executar o procedimento
acima, tente sentir alguma ansiedade; é provável que você esteja rindo, a
reação mais comum quando se usa este método. Medo e ansiedade não existem fora
do tempo.
Minha experiência: apliquei o
método a algumas situações cotidianas, e logo após me surpreendi rindo e mais
aliviado. Só então pude perceber como ficava com alguma ansiedade em várias
situações, sem notar. Era algo como uma pressa, como se tivesse que acabar logo
o que estava fazendo. Após executar a técnica, era como se ficasse mais ligado
ao presente, um presente calmo e tranqüilo.
(Fonte: http://possibilidades.cjb.net)
"Como se"
Diga-me quem você acredita que é e eu lhe direi quem és. A técnica do
"como se" é uma variação do ensaio mental, e consiste em fazer de
conta que algo que se quer já está acontecendo. Pode ser usada para
comportamentos e modelagem de pessoas, entre outras. Por exemplo, imagine-se
como se estivesse vivenciando um grande amor. O que veria? O que sentiria? E se
você fosse tudo que quer ser? Faz-de-conta nem sempre é um mero faz-de-conta...
Um professor ao ministrar uma aula pode agir como se tivesse 10 anos de
experiência, e ao se sentar para aprender, "configurar-se" como se
fosse o mais ignorante no assunto pode ser mais produtivo do que agir como se
fosse o mais sabido.
A utilidade desta técnica tem limites: dizem que um homem tirou um
brevê de teco-teco e saiu de lá como
se pudesse pilotar qualquer avião do mundo!
Atividade 54 – Leitura: Magia
Cansada de rezar a Santo Antônio, a jovem balzaquiana
quebrou a imagem de gesso e apelou para outro protetor. Chamou para uma séria
conversa o seu anjo da guarda e deu-lhe um ultimato: estipulou um prazo
para conhecer o futuro marido: o último dia de maio.
Sucederam-se os dias - ela ia conhecendo pessoas no
trabalho, no clube, nas lidas diárias.
A cada encontro, casual que fosse, perguntava-se: será este? - e pedia ao anjo um sinal, que tardava.
A cada encontro, casual que fosse, perguntava-se: será este? - e pedia ao anjo um sinal, que tardava.
Chegado o último dia de maio, eis que na sua
sala está o vizinho, velho conhecido de infância, a pedir emprestado o jornal.
O anjo atendera
enfim às suas preces. Era ele! Claro que, antes de ser marido, deveria ser
namorado, e como fosse ele seu namorado (embora ele ainda não o soubesse), ela
corou, fez-se tímida, sorriu o mais encantador dos sorrisos e desmanchou-se em
gentilezas - café, biscoitos, música...
E como fosse ele seu namorado (embora ele ainda não o
soubesse), ela o convidou para o almoço de domingo e decorou a c asa com flores
e deixou o baralho bem à vista, um convite para prolongarem a tarde preguiçosa.
E como fosse ele seu marido (embora ele
ainda não o soubesse), ela confiou nele, confidenciou-lhe as idéias mais
secretas, contou-lhe seus sonhos.
E como fosse ele seu marido (embora futuro, e
embora ele ainda não o soubesse), ela abandonou-se mulher, como um fruto maduro
de outono a ofertar a polpa saborosa e nutritiva.
Ele a colheu tão naturalmente que ela nem
percebeu em que momento exato a vida penetrou em suas entranhas, demoliu
seus pré-conceitos e lançou-a em chamas em seus braços acolhedores de homem.
E não que ela quisesse fazer-se de moderna,
contrariar os rígidos princípios de sua educação católica ou mudar o seu
comportamento, porque, afinal, nos dias de hoje etc... - é que, como fosse ele
seu marido (embora futuro e embora ele ainda não o soubesse), ela
despetalou-se, flor, e esparramou-se em ondas sobre o leito.
E o milagre aconteceu.
E hoje, sendo ele de fato de papel passado o seu
marido bem amado, uns olhos de feiticeira piscam para ela com malícia do outro
lado do espelho e lhe confessam, despudorados, que o anjo da guarda não teve
nada a ver com a história.
Atividade 55 – Como se
Com toda a liberdade, faça de conta que são reais as
seguintes situações (quebre o estado entre cada uma, sacudindo-se, voltando a
atenção para o presente ou como preferir):
a)
Você é ótimo ator.
b)
Você é um mágico poderoso, do bem
c)
Idem, do mal.
d)
Você é extremamente criativo ao combinar objetos
para novas aplicações.
e)
Você toma decisões firmes e irrevogáveis.
f)
Você toma decisões firmes, mas ajustáveis quando
apropriado.
g)
Você é capaz de qualquer coisa que decida.
3. Ecologia do ser humano
Esta seção introduz alguns princípios e atitudes que se
deve levar em conta ao se lidar com a mente e as emoções das pessoas. Você viu
no início que todo comportamento humano tem um objetivo. Na verdade, esse
princípio vai mais além: todo comportamento, reação ou sentimento tem um
propósito positivo. Mesmo os comportamentos mais desagradáveis visam
algo de bom para a pessoa.
Exemplos de Connirae Andreas (1996): Tim tinha uma voz
interior que fazia comentários críticos sobre tudo e todos ao seu redor. A
intenção desse comportamento era identificar o que havia de errado para que a
vida dele fosse melhor. Wanda fumava, e o propósito associado era "ter
amigos". Wanda havia começado a fumar quando era adolescente, em uma época
em que "todo mundo" fumava e era "moda" fumar. Já Ben tinha
explosões de raiva quando discordavam dele, e sentia-se mal com isto. Ele
descobriu que o lado que o fazia ficar com raiva queria proteger seu sentimento
de identidade.
Uma aluna de faculdade estava fazendo grosserias com o
professor por causa de uma prova em segunda chamada, que ela queria fazer em
determinadas condições, iguais às da primeira prova. No meio da discussão, ela
deixou escapar seu objetivo positivo: "preservar a integridade da minha
personalidade".
Há um caso de uma mulher que estava gorda. Quando se
aprofundou nos objetivos, descobriu-se que ela estava com problemas no
casamento e temia cometer alguma infelidade. Ao engordar, tornou-se pouco
atraente, protegendo seu valor de fidelidade.
Emoções podem ter muitos propósitos. Outro, além dos que
já vimos, pode ser fornecer feedback, como a culpa, que pode estar
avisando que algum valor foi violado. A insegurança pode estar indicando que é
necessária alguma preparação adicional.
Assim como estratégias são instaladas, objetivos também
são, e podem estar inconscientes para a pessoa. A mente inconsciente vai gerar
comportamentos que conduzam a essas direções instaladas, usando as estratégias
disponíveis. Esses comportamentos serão as melhores alternativas dentre aos
possíveis no momento. Veja o que dizem Bandler e Grinder (1975):
"Na tentativa de compreender como algumas
pessoas continuam a infligir a si mesmas sofrimento e angústia, nos foi
importante compreender que elas não são más, loucas ou doentes. Estão, na
realidade, fazendo as melhores escolhas dentre aquelas de que têm conhecimento,
isto é, as melhores escolhas disponíveis em seu próprio modelo particular de
mundo. Em outras palavras, o comportamento dos seres humanos, não importa quão
bizarro possa parecer à primeira vista, faz sentido quando é visto no contexto
das escolhas geradas por seu modelo."
Seres humanos são sistemas, com muitas partes integradas e
funcionando harmonicamente, mesmo que por vezes o que acontece não agrade a
pessoa. Essa harmonia entre objetivos, valores, crenças e todos os elementos é
chamada ecologia interna. Todo ser humano é um sistema ecológico nesse
sentido. Tentativas de mudança podem não ter sucesso por ignorar essa ecologia
ou ter sucesso por observá-la. Por exemplo, um alcoólico pode não parar de
beber se ele não tiver opções de comportamentos para atender aos mesmos
propósitos que atinge ao beber. Uma pessoa que vive se fazendo de vítima irá
deixar de lado essa alternativa assim que descobrir alternativas melhores para
chamar a atenção e conseguir carinho, caso sejam esses os objetivos.
Steve Andreas (2000) recomenda as seguintes atitudes para
se lidar com seres humanos:
1)
MUITA humildade em reconhecer quão pouco sabemos, e
quão complexos são os seres humanos.
2)
DELICADEZA e cuidado ao oferecer
alternativas/intervenções.
3)
Um ENORME respeito pelas objeções e preocupações das
pessoas, e não querer fazer qualquer mudança até que, e a menos que, essas
objeções sejam plenamente satisfeitas.
Portanto, toda mudança deve levar em conta a ecologia, e
os testes da mudança devem verificar se há alguma parte insatisfeita. A forma
mais simples de fazer isto é a pessoa ficar "como se" estivesse na
situação e ela própria verificar se há alguma parte insatisfeita. Cada objeção
identificada é a pista para se gerar novas opções. Este é o princípio do
ganha-ganha ou vencer-vencer: assim como na vida real, são buscadas
alternativas para que todos atinjam seus objetivos.
E à medida que você for descobrindo os propósitos
positivos de suas próprias partes, vai descobrir que o que parecia inimigo na
verdade é um aliado, um aliado interno, com objetivos respeitáveis e que só
precisa de melhores opções para atingi-los.
Atividade 56 – O que era mesmo que eu queria?
Escolha uma situação em que agiu de uma forma que não
lhe agradou muito. Pergunte-se: o que eu queria de importante, para mim ou para
a outra pessoa? Qual era o meu propósito?
Faça o mesmo para duas outras situações.
Atividade 57 – Identificando objetivos positivos
O procedimento abaixo faz parte da Transformação
Essencial, um poderoso método de integração,
harmonização e acesso a recursos (Connirae Andreas, 1996).
1) Escolha
uma parte com a qual deseja trabalhar: pense num comportamento, sentimento ou
reação de que não gosta. Pode escolher
uma emoção que ache extrema demais ou "desequilibrada". Se tiver uma
voz interior que critica, escolha-a. Para este exercício, escolha um problema
de intensidade média. Você terá a oportunidade de trabalhar com assuntos mais
intensos depois que aprender o Processo de Transformação Essencial.
Para selecionar um
problema, complete uma das seguintes frases - a que seja mais apropriada à sua
dificuldade.
a. "Um lado meu faz
com que eu aja (comportamento) e eu gostaria de parar de agir assim."
b. "Um lado meu faz
com que eu sinta (sentimento) e eu gostaria de parar de me sentir assim.''
c. "Um lado meu faz
com que eu pense (pensamento) e eu gostaria de parar de pensar assim."
2) Onde,
quando, quem: escreva onde, quando e com quem esse lado seu geralmente aparece.
Por exemplo: "Um lado meu faz com que eu me sinta constrangida. Isto
acontece quando estou falando diante de um grupo grande".
3) Incidente
específico: pense num momento específico em que isso ocorreu. Por exemplo:
"Isto aconteceu na última quarta-feira, quando falei no clube". Crie
um filme interno de si mesmo tendo esse comportamento, reação ou sentimento
indesejável. Algumas pessoas preferem criar uma imagem fixa. do incidente.
(Você terá mais
facilidade em cumprir as etapas seguintes se pedir a alguém que leia as
instruções em voz alta. Talvez você precise informar à pessoa que está lendo em
que velocidade deve fazer a leitura e quanto tempo deve parar para permitir que
você responda interiormente. Em geral, é mais fácil voltar a atenção para
dentro quando outra pessoa está lendo as instruções com uma voz calma e suave.
Se você for fazer o exercício sozinho, recomendamos que primeiro leia todo o
exercício. E então, volte a ler e a processar cada etapa. Outra opção é gravar
as instruções.)
4) Relaxe
e volte-se para dentro: feche os olhos, relaxe e volte-se para dentro de si
mesmo.
5) Lembre-se
do incidente: mentalmente, reviva o incidente específico no qual ocorreu o
comportamento, sentimento ou reação indesejável: Veja através dos seus próprios
olhos, ouça com seus próprios ouvidos e sinta com seus próprios sentimentos.
6) Observe
o início da reação: observe sua experiência interna no momento em que o
comportamento, sensação ou reação começa a ocorrer. Preste atenção às imagens,
sons e sensações internos que acompanham a reação, o comportamento ou
sentimento indesejável.
7) Localize
e dê boas-vindas à parte: como você não escolheu conscientemente o
comportamento, o sentimento ou a reação, é como se um lado seu os tivesse
escolhido. Você poderá começar a sentir onde é que esta sua parte se apresenta.
Em que parte do corpo você sente mais fortemente essa sensação? Se ouve uma voz
interna, de onde ela vem? Se vê imagens internas, em que parte do seu espaço
pessoal elas estão localizadas? Delicadamente, convide esse seu lado a entrar
em contato com você. Se esse lado estiver no seu corpo, talvez você queira
colocar a mão na região onde o sente melhor. Isto pode ajudá-lo a receber e a
reconhecer essa sua parte.
8) Agradeça
à parte: mesmo que ainda não saiba, conscientemente, o que esta parte quer,
você pode partir do princípio de que seu objetivo é positivo. Antes de mais
nada, agradeça à parte por estar presente, dando o melhor de si para fazer algo
por você. Mostre o quanto você está agradecido.
.
9) Pergunte
qual é seu objetivo: pergunte à parte: ''O que você pretende fazer por mim
quando [faz X]?". (Indique o comportamento, sensação ou reação que você
escolheu.) Depois de fazer esta pergunta interiormente, espere a resposta.
Talvez você perceba uma imagem, um som, uma voz, uma sensação ou quem sabe uma
combinação de tudo isso. Às vezes, a parte leva algum tempo para descobrir o
objetivo positivo. Tudo bem, é uma experiência nova para ela. Portanto, dê-lhe
o tempo de que ela precisar.
10) Agradeça a
resposta: quando tiver obtido a resposta,
agradeça à parte por ter
respondido. Se o objetivo que a parte lhe deu for positivo, agradeça-lhe por
ter essa intenção.
11) Continue
até descobrir o objetivo positivo: se não achar que o objetivo seja positivo,
pergunte: "Se você tem este objetivo (a resposta do passo n? 9), o que
isso fará por mim que seja ainda mais importante?''. Agradeça à parte sempre
que ela lhe der uma resposta. Continue fazendo a pergunta até chegar a um
objetivo que julgue positivo.
4. Idéias para estratégias
Nesta seção registramos várias idéias para aperfeiçoamento
das suas próprias estratégias, algumas de aplicação mais geral, outras
contextualizadas.
O site Possibilidades (http://possibilidades.cjb.net), do
qual foram extraídos vários exemplos, leituras e atividades, é especializado em
estratégias, internas e em geral, e é o complemento natural deste trabalho.
Posições perceptivas
Um dos mais
sensacionais recursos do organismo humano é a capacidade de colocar a atenção
em qualquer parte do mundo virtual interior, recurso chamado na PNL de posição perceptiva, e diretamente ligada
à atenção. Se minha atenção está no momento presente e fecho os olhos,
internamente vou ter disponível a representação do contexto imediato. Mas se
quiser, posso fazer de conta que estou em outro lugar, outro ambiente, e outras
coisas acontecendo. Assumir posições
perceptivas diferentes é parte de várias boas estratégias. Um exemplo é o de
uma professora, que como fechamento da preparação de aulas assumia a posição
perceptiva de um aluno em classe. Embora não tenha experiência de ator, suponho
que uma estratégia de um bom ator é construir o personagem na mente e quando
for atuar assumir a sua posição perceptiva.
Quando lembramos
ou elaboramos uma imagem interna e nos vemos na imagem, dizemos que estamos dissociados.
Já quando vivenciamos internamente uma experiência como se acontecendo, vendo
com nossos próprios olhos e sentindo com nosso próprio corpo, estamos associados
à experiência. Para você ter uma idéia melhor da importância dessa variável,
leia o que Andreas e Faulkner [95] contam sobre o início da PNL:
“Quando
Bandler e Grinder começaram a estudar pessoas com dificuldades variadas,
observaram que todas as que sofriam de fobias pensavam no objeto de seu medo
como se estivessem passando por aquela experiência no momento. Quando estudaram
pessoas que já haviam se livrado de fobias, eles viram que todas elas agora
pensavam nesta experiência de medo como se a tivessem vendo acontecer com outra
pessoa, semelhante a observar um parque de diversões à distância. Com esta
descoberta simples, mas profunda, Bandler e Grinder decidiram ensinar
sistematicamente pessoas fóbicas a experimentarem seus medos como se estivessem
observando suas fobias acontecerem com uma outra pessoa à distância. As
sensações fóbicas desapareceram instantaneamente”
Atividade 58 – Posições perceptivas
Escolha uma
experiência prazerosa que vivenciou com alguém. Marque um ponto de início e
outro para o final. Reveja a experiência,
a partir dos pontos de vista:
a)
Seu próprio.
b)
Da outra pessoa.
c)
De um observador neutro e imparcial.
Atividade 59 – Posições perceptivas 2
Faça o mesmo
que acima para uma experiência medianamente desagradável.
Variadas
Atividade 60 – Refúgio/prazer
Quando em um
estado sem recursos, pode ser necessário uma estabilização antes que possamos
pensar em algo. Nesses casos, uma boa opção é concentrar a atenção em coisas
externas do momento presente: o que você está vendo e ouvindo, o que está
sentindo no corpo, onde é que não está sentindo. Faça isto por 5 segundos,
depois por 15, 30 e 1 minuto.
Por acaso
esta é uma etapa das estratégias de prazer em geral: se você está comendo algo,
por exemplo, quanto mais perceber as sensações do presente, mais prazer
sentirá.
Atividade 61 – Aquecimento para desenhar
Pegue uma
folha em branco e faça alguns rabiscos, libere a imaginação, depois peça para
todos que estiverem participando fazerem o mesmo, quando terminar esta primeira
etapa, comece o exercício. Trace retas, círculos, o que achar necessário
ligando um desenho ao outro, automaticamente, começam a surgir imagens, talvez
conhecidas ou não, a partir de então, sua mente estará livre e você começará a
desenhar coisas que nem imaginava conhecer.
Este é
também um exercício de liberdade interior, que você pode usar em outros
contextos.
(Enviada
via internet por David Machado)
Atividade 62 – Checklist
Toda boa
estratégia deve ter alguma etapa de verificação do resultado obtido, para que
saibamos se este é o desejado. Isto pode ser feito na forma de checklists
(listas de verificação). Ensaie mentalmente você fazendo verificações nas
seguintes situações:
a)
Antes de enviar um e-mail. Não seja você a deixar
aqueles erros de digitação.
b)
Homens: após fazer a barba. Mulheres: após
depilação. Não deixe pequenos pelos em cantos.
c)
Após lavar a louça
d)
Uma situação do seu dia-a-dia.
Atividade 63 – Definindo objetivos
Às vezes
definimos objetivos de uma forma algo abstrata, que nem sempre podemos
verificar se foram atingidos. Por exemplo, como é que você sabe quando está
"feliz" ou "satisfeito"?. Se sabe, talvez verifique que
pensa em comportamentos.
Uma das
formas de se definir objetivos verificáveis é identificar comportamentos
relacionados, como "estarei satisfeito se conseguir dedicar meia hora para
treinar o ensaio mental" ou "ficarei feliz a cada dia que me dedicar
durante o horário de trabalho a buscar o que planejado, reservando o resto do
tempo para o que eu quiser".
Identifique
alguns comportamentos que para você estão associados a:
a)
Prazer
b)
Carinho
c)
Amor em geral
d)
Sentir-se amado
e)
Você amar alguém
f) (Escolha)
Atividade 64 – Sorrindo naturalmente
Você já passou
por alguém e foi cumprimentado com uma alegre sorriso de rosto inteiro? É um
prazer, não? Talvez você queira fazer o mesmo, mas sem correr o riso de parecer
que está forçando. Isto pode ser fácil, usando-se uma estratégia de pensamento
adequada. O segredo (ou pelo menos um deles) é o que você pensa logo que
identifica a pessoa como conhecida. Sugestões para esse momento:
1)
Lembre-se de experiências agradáveis que vivenciou com a pessoa. Já saíram
juntas? Contaram piadas? Descobriram coisas em comum?
2)
Pense em como a pessoa lhe tratou e cumprimentou em outras ocasiões. Algumas
pessoas parecem sair por aí dispostas a tirar um sorriso de qualquer um que
passe perto.
Se você
tiver esse tipo de lembranças prazerosas, pode ter certeza, você sorrirá com
todo o rosto, e não só com os dentes.
Pode-se
questionar: não dá tempo de fazer isto. Procede. O ideal mesmo é fazer com a
agilidade característica das coisas que fazemos bem, como falar. A solução para
isto é o ensaio mental. Pratique algumas vezes na imaginação, com várias
pessoas em situações variadas, criando experiências internas que vão lhe servir
de referência na prática (faça uma vez agora para testar a estratégia!).
E se você
não teve experiências prazerosas com uma pessoa específica, sugiro que você
sorria para ela apenas se seu objetivo for fazer expressões carrancudas se
abrirem!
(Fonte:
http://possibilidades.cjb.net)
Atividade 65 – Estratégia para lembrar nomes
Entrei no
táxi contando para uma pessoa como era uma técnica para lembrar nomes que tinha
aprendido: Antes que eu terminasse, o motorista surpreendentemente interrompeu
a conversa, dizendo, enfático, que tinha aplicado a técnica e lembrara de um
nome que há tempos estava querendo lembrar!
Às vezes
penso que não há memorização, há apenas o lembrar. Pode-se até organizar
conhecimentos de forma a facilitar sua recuperação, mas o que funciona mesmo é
ter uma boa estratégia para o acesso. Para lembrar nomes, conheço duas:
1)
Lembre-se de fatos variados sobre a pessoa cujo nome você quer lembrar. O que
você sabe sobre ela? Que experiências viveu com ela?
2) Vá
falando as letras do alfabeto, fazendo uma pausa em cada uma: A...B...C...
Em ambos os
casos, não é preciso "tentar" lembrar, basta executar o procedimento
e aguardar. Da última vez, combinei as duas para lembrar o nome de um garçom
muito atencioso. Lembrei-me de outras vezes em que fui ao lugar e fui passando
as letras: A...B...C...D...E...F...G...Gonzaga!
(Fonte:
http://possibilidades.cjb.net)
O CACHORRO QUE MUDOU O MUNDO
Um professor observou como seu cachorro
maltês não ficava só esperando por carinhos. Ora deitava-se no chão de barriga
para cima, ora ficava passando a pata sobre a orelha, sugerindo o que queria. O
professor reconheceu a eficiência dessa estratégia de tomar a iniciativa de
busca e aplicou-a também com sucesso. Um dia, em sala da aula, casualmente
mencionou como o cachorro foi seu mestre, e contou aos alunos como ele fazia.
No dia seguinte, uma das alunas deu um feedback.
Seu marido ocupado, ela disse que se lembrou do cachorro e tomou a iniciativa,
também com sucesso.
[fim da parte
verídica e início da futurologia]
Aquela aluna, na semana seguinte, contou para
três amigas o ocorrido. Uma se esqueceu, a outra não estava buscando nada e a
terceira aplicou a estratégia, com o mesmo sucesso. Esta então contou para
várias amigas e amigos, e devido ao seu jeito entusiasmado, três compraram a
idéia, e buscaram aplicar o método proativo de obtenção de carinho do cachorro.
Ao final do primeiro ano, mais de 100 pessoas haviam obtido sucesso em
conseguir carinhos. Após vinte anos, eram mais de 100 mil. Os que se tornaram
pais e mães ensinaram para seus filhos e filhas, e ao final de 50 anos, mais de
10 milhões de pessoas estavam aplicando a estratégia. Um século depois, 200 ou
300 milhões de pessoas estavam diferentes porque um dia um simpático
cachorrinho maltês pediu carinho esfregando a patinha na orelha.
(Fonte: http://possibilidades.cjb.net)
BIBLIOGRAFIA
Andreas,
Connirae. Transformação Essencial. Summus, 1996.
Andreas,
Steve. Practitioners de PNL praticando terapia?! O Golfinho,
outubro/2000, no. 69.
Andreas, Steve e Faulkner, Charles
(orgs.). PNL - A Nova Tecnologia
do Sucesso - Editora Campus, 1995.
Bandler, Richard e Grinder, John. A Estrutura da Magia. Guanabara-Koogan, 1975.
Dilts, Robert B. et. al. Neurolinguistic
Programming Volume I. Meta Publications, 1980.
O'Connor, Joseph & Seymour,
John. Treinando com a PNL. Summus, 1996.
Pinker, Stephen. Como a Mente Funciona. Cia das Letras,
1998.
Robbins,
Anthony. Poder Sem Limites. Best
Seller, 1987.
SITES
http://possibilidades.cjb.net –
Estratégias para expansão da inteligência.
http://www.golfinho.com.br – Divulgação
de PNL: artigos, metáforas, profissionais, fórum.
http://www.metaforas.com.br – Só
metáforas.
http://www.metas.com.br
– Artigos, profissionais e links organizados por temas: PNL, Relacionamento,
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